Aleitamento materno: um alimento que vale ouro
Amamentar é muito mais do que nutrir uma criança. Envolve interação profunda entre o binômio mãe-bebê, com reflexos no estado nutricional, na habilidade de se defender contra infecções, na fisiologia e no desenvolvimento cognitivo e emocional do bebê. E neste mês, celebra-se o Agosto Dourado, momento que enfatiza a importância da amamentação. Conforme o Ministério da Saúde brasileiro, o aleitamento materno exclusivo é essencial nos primeiros meses de vida do bebê, pois garante uma nutrição completa e adequada, contribuindo significativamente para que ele atinja os marcos do desenvolvimento esperados em cada fase. O ideal é que seja ofertado em livre demanda, sem horários fixos, ou seja, o bebê deve mamar sempre que quiser. Nesse período inicial, o leite materno é composto pelo colostro: um líquido espesso, amarelado e altamente nutritivo, rico em proteínas, anticorpos e fatores de defesa, essencial para fortalecer o sistema imunológico do recém-nascido e protegê-lo contra infecções respiratórias, diarreias e alergias, além de diminuir o risco de hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade. Ainda, contribui para o desenvolvimento cognitivo, prevenindo a formação incorreta dos dentes e problemas na fala. Além dos inúmeros benefícios para o bebê, para a mãe também há múltiplas vantagens. As mães que amamentam se recuperam do parto mais rapidamente, uma vez que a oxitocina liberada durante a amamentação, acelera o útero retornar ao seu tamanho e pode reduzir os sangramentos pós-parto. Outros estudos indicam que a amamentação pode reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2, artrite reumatoide e doenças cardiovasculares, incluindo hipertensão arterial e colesterol alto. Ainda, há menores chances de desenvolvimento de câncer de mama, ovário e endométrio. A amamentação fornece uma experiência emocional única para a mãe e o bebê. Amamentar é o único comportamento parental que só a mãe pode fazer por seu bebê, criando uma poderosa conexão física e emocional. Nesse sentido, aleitamento materno pode melhorar a qualidade de vida das famílias, com menos adoecimentos, hospitalizações e medicamentos e, consequentemente, como menos gastos e situações estressantes.
Paula Juliana Hickmann Wesling- Discente do Curso de Enfermagem
Prof. Enf. Dra Bruna Knob Pinto - Docente do Curso de Enfermagem Faculdades Integradas Machado de Assis/FEMA.