O Professor Dr. Nedisson Luis Gessi, CEO da Incubadora Acadêmica de Tecnologia e Inovação da FEMA, participou da comitiva brasileira em uma visita ao Ecossistema de Inovação Colombiano na cidade de Medelín no período de 8 a 15 de outubro de 2022. Com uma agenda intensa, a missão ao ecossistema colombiano contemplou visitas técnicas ao ecossistema local, palestra com profissionais que aplicaram o pacto de inovação, acompanhamento com equipe especializada, networking com empresários internacionais e integração com autoridades governamentais, empresários e pesquisadores.
“Embarcamos na missão Medellín com três ideias em mente: aprender, compartilhar e inspirar”, destacou o professor Nedisson. As visitas técnicas foram realizadas em espaços e empresas públicas, parques tecnológicos e Universidades como: Ruta N Y El Distrito de La Innovación y Cuees, Parque Explora/Exploratorio/ Centro Cultural Moravia, Viaje en el Metro Cable y Visita Plane Urbano Integrale Comuna 1 Popular. Santiago Uribe / Lider Comunitario, Universidad Eafit Think Thank de Valor Público/ Andrés Presiado, Empresa de TI / Matt, Governo de Antioquia e Laboratorio de Cultura Ciudadana, na Universidad de la Paz, Cámara de Comercio e Casa Kolacho.
As chamadas cidades inteligentes (Smart City) aproveitam as tecnologias digitais para transformar o cotidiano das pessoas que vivem nos grandes centros urbanos, estimulando novas mudanças de comportamento e abrindo caminho para empreendedores, com oportunidades reais de crescimento econômico.
A Comuna 13 é uma das maiores favelas de Medellín, Colômbia, com 150 mil habitantes. Por décadas, seus moradores precisaram escalar ladeiras de até 384 metros para chegar em casa. O cenário mudou em 2011, quando a prefeitura instalou escadas rolantes na região. O tempo de acesso caiu de 30 para 7 minutos. As escaleras – como são chamadas – estão integradas ao sistema de metrô local. Elas e o metrocable, o teleférico, são parte da remodelação social que fez Medellín entrar de modo inusitado na lista das cidades inteligentes do mundo. O município colombiano ainda facilitou a mobilidade, criou tecnoparques e incubadoras de startups, construiu bibliotecas, museus e escolas em bairros pobres. Medellín prova duas coisas: (1) que qualquer cidade pode se tornar uma Smart City – ela era considerada o lugar mais violento do planeta nos anos 1990 e (2) que vale a pena ser uma Smart City – o número de homicídios de Medellín caiu 80% em pouco mais de duas décadas e essa é apenas uma de suas métricas reluzentes. Assim, é possível vislumbrar o quebra-cabeças das cidades inteligentes, aquelas que crescem economicamente focando o cidadão, com ajuda da tecnologia e dos dados. E também mostra que mesmo países complexos como o Brasil podem ter Smart Cities.
As soluções inteligentes típicas das Smart Cities impactam diversos setores como: Mobilidade, Energia, Segurança, Sistemas Hídricos, Saúde, Lixo, Prédios Inteligentes e sustentáveis, Educação, Finanças, Indústria, Turismo e Laser. Desse modo, as soluções inteligentes constituem os elementos diferenciadores das smart cities. Resultam da combinação de tecnologias disruptivas, inovações sociais e novas formas de utilizar dados com um objetivo claro, que é de melhorar a qualidade de vida das pessoas de forma sustentável e inteligente.
Por fim, para o professor Nedisson “as cidades devem investir tanto em novas e disruptivas tecnologias como em capital humano e social. Sem pessoas preparadas nada acontece. As inovações sociais são cruciais para gerar soluções sustentáveis e a grande lição deixada na missão é de que, o recurso natural mais valioso que temos são as pessoas ”.